O nordeste brasileiro enfrenta em 2013 a maior seca dos últimos 50 anos, com mais
de 1.400 municípios afetados. A informação foi anunciada nesta segunda-feira (8)
pelo Governo brasileiro. A seca deste ano já é pior do que a do ano passado,
também recorde.
Essa realidade, no entanto, não é isolada. A previsão das Nações Unidas é de
que até 2030 quase metade da população mundial estará vivendo em áreas
com grande escassez de água.
“Já identificamos a tendência de que as temperaturas se elevam no mundo acima
do normal. Em novembro de 2012 tivemos o mês de número trezentos e trinta e três
em que as temperaturas subiram, seguidamente, acima do normal no século”, diz a
Chefe da Equipe de Apoio da ONU sobre Mudança Climática, Marcela Main.
Ela acrescenta que se trata de um problema que ocorre em todos os lugares,
sejam países pobres ou ricos. Nos Estados Unidos, 2012 foi considerado o ano
mais quente já registrado, enquanto na região do Sahel, na África, repetidas
secas causam a escassez de alimentos. “É uma questão para a comida, para a água,
para a segurança, para a energia, para tudo”, diz a pesquisadora.
As secas têm afetado principalmente as regiões do Chifre de África e do
Sahel, EUA, México, Brasil, partes da China e da Índia, Rússia e o sudeste da
Europa. Além disso, 168 países afirmam ser afetados pela desertificação, um
processo de degradação do solo em terras secas que afeta a produção de alimentos
e é agravado pela seca.
Desde 1950, terras secas aumentaram quase 2% em todo o mundo por década,
segundo dados de um declaração conjunta, feita em março deste ano, pelos chefes da
Organização Meteorológica Mundial (OMM), da Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) e da
Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD).
Fonte:ONU BR
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